O restaurante Regaleira habita no centro da baixa, mais concretamente na Rua do Bonjardim – 87. Está aberta todos os dias, excepto ao Sábado.
Desde que nasci que lá vou, por isso sinto-me da casa e assim sou tratado por todos os amigos que trabalham lá. Esta fotografia descobria aqui no meu arquivo fotográfico de família, e é de um grupo de amigos do meu avô, que durante décadas semanalmente se reunião nesta verdadeira casa de comida portuense.
Aberta em 1933, está próxima de celebrar 80 anos de porta aberta. A arquitectura interior, fiel ao passar do tempo desde 1952, tem a curiosidade de ter sido criada por jovem arquitecto portuense da altura, Alfredo Coelho de Magalhães, que em 1980 foi eleito presidente da Câmara Municipal do Porto.
É um clássico portuense, que marca a história da gastronomia do nosso burgo, que mantém ao leme o senhor Augusto e o senhor Manuel há décadas.
Nos nossos dias, a principal referencia pelo que este restaurante é citado advém de ter sido a fundadora da nossa portuense Francesinha, construída em 1952 por um empregado da casa chamado Daniel, e que este ano se tornou sexagenária.
Por considerar que a Regaleira é muito mais do que a Francesinha, hoje escrevo sobre as suas Tripas à Moda do Porto, ficando para próxima visita a escrita sobre a Francesinha.
EPICURO ME CONFESSO****
Esta é uma casa conservadora, eu diria mesmo saudosista, com um serviço experiente e uma clientela fiel. Com uma sala grande e um balcão comprido, quando se passa a porta parece que recuamos umas décadas no tempo.
A carta é abonada, e a matéria-prima de qualidade e sem grandes criatividades, a um preço justo e equilibrado.
Tem um fino, que deve ser pedido para servirem em copo baixo, muito bom, e que para quem ande com sede ao final da tarde na baixa portuense, merece também uma paragem no balcão, e se a fome apertar a acompanhar com um prego em pão de grande qualidade, daqueles que se comem com os lábios.
Às quartas-feiras é dia de tripas à moda do Porto e, por isso, foi hoje o meu almoço e, como eu gosto, sentado naquela barra à antiga, muito bem patroneada pelo Alberto. Ao meu paladar estão certamente entre as de minha preferência cá pelo nosso burgo, pelo que aconselho a sua escolha. Uma nota castiça, quando pedi picante, em vez do usual liquido serviram-me um pires com sementes de piri-piri, e a parceria foi claramente vencedora.
No final a conta ficou-se pelos 7,40€, divididos pelas tripas (5,50€), fino (1,20€) e café (0,70€). À mesa fica um pouco mais caro, mas à mesma muito em conta.
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