Barcelona é uma cidade fantástica em termos de gastronomia e vivência, com um carácter e forma de estar muito particulares. As suas “catedrais gastronómicas”, impares quer pela atmosfera que geram como pela matéria-prima que servem, são memoráveis. Se locais tradicionais e intemporais como, por exemplo, o Vaso D’ Oro ou a Can Paixano nos marcam pelo seu carácter genuíno, a Catalana contribui com a sua “boa onda”, e La Boqueria com a beleza e cor.
O tempo para este tipo de vivência é sempre pouco, até porque o estômago humano é como que um “gargalo na produção”, por isso, ficou para uma próxima oportunidade, que espero breve, ir para a zona de Poble Sec, e desfrutar de casas como o Bar de Tapas Quimet & Quimet (Calla Poeta Cabanyes – 25) considerado um dos melhores locais de tapas frias, ou a Taverna Can Margarit (Calla de La Concordia – 21). Outra das visitas obrigatórias será ao El Xampanyet, um bar à moda antiga, com mais de 90 anos, com a sua tradicional cava, mesmo junto ao Museu Picasso, na Calla Montcada – 22. Finalmente, e visto que há catedrais que têm de ser obrigatoriamente revisitadas, tentar arranjar um tempinho para sentar as minhas pernas debaixo da mesa do Restaurante Señor Parellada, em pleno bairro do Born (Calla Argenteria – 37) para degustar a típica comida catalã.
Uma última nota, tem haver com o facto de tudo o que está virado para o turista ser mau e pouco honesto, pelo que o melhor não entrar no primeiro lugar que aparece e “ganhar” tempo na procura do original e na convivência com a verdadeira gente da terra. É este o contributo que tentarei nos escritos seguintes…